Campo Grande (MS) – A Diretoria da ASSOCIAÇÃO DOS MILITARES ESTADUAIS DE MATO GROSSO DO SUL –AME-MS, vem a público contestar trechos da entrevista, concedida pelo Governador de MS Reinaldo Azambuja, a uma emissora de televisão, na manhã desta sexta (6), no que refere a “supostos aumentos salariais que estariam sendo concedidas anualmente a policiais e bombeiros militares”.
A realidade é que há cerca de 5 anos (meia década) os militares estaduais, bem como, os demais funcionários públicos de MS, estão sem qualquer tipo de reajuste real, nem mesmo da devida reposição inflacionária constitucional, que hoje permeia perdas inflacionarias em altos índices.
O fato é que “misturar ganhos ”, provenientes de direitos estatutários de ascensão profissional, e ainda dizer que isso representa aumento de salário para toda uma categoria é uma grande inverdade, e nós entendemos isto, como uma tentativa de dissuadir a população sul-mato-grossense, contra as justas reivindicações dos seus abnegados policiais e bombeiros militares.
Nem toda tropa é atingida com promoções (frisamos direito estatuário e legal), bem como, os inativos que tanto já contribuíram por este Estado, e atualmente estão esquecidos pelo atual Governo.
E ainda sobre as promoções das praças e oficiais, outra inverdade, pois estão atrasadas há quase um ano, o que culminará ao efeito cascata de retardo, pois cursos a exemplo do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos da PM, por conta do atraso na formação, certamente terão como consequência o prejuízo a justa promoção dos policiais na data certa.
Outra inverdade é dizer que temos um dos melhores salários do país, haja vista que, dentre os vinte sete Estados da Federação, atualmente figuramos na vigésima pior colocação de salário do Brasil.
O que cobramos é reposição inflacionaria constitucional, amparada pela constituição Brasileira, e há anos vem sendo negligenciada, queremos a valorização salarial que nos foi prometida publicamente, anteriormente e principalmente em períodos eleitorais, para pacificamente, sem necessidades de qualquer tipo de movimentos, pois somos legalistas, e não queremos manifestações, que prejudiquem a população, como aconteceu recentemente no Ceará. A AME-MS tem a real preocupação de que aconteça um efeito dominó, como ocorreu em 1997. Começou em Minas Gerais e, praticamente, todas as polícias paralisaram.
Nossos policiais e bombeiros militares de MS são heróis, e mesmo com toda dificuldade que atravessam hoje, por conta do descaso salarial, cumprem sua missão, com honra, galhardia e até com a própria vida, em cumprimento ao juramento, que o fazem em início de carreira, mas como reciprocidade, queremos respeito em forma de valorização salarial.
Lamentamos que o governador se dirige a imprensa, sem antes ao menos conversar com os representantes classistas que, dentro de um espírito ordeiro e organizado aguardam uma reunião com o governo para discutir o tema e responder o oficio da AME-MS a ele direcionado sobre reposição salarial.
Infelizmente nosso governador insiste em manter essa postura de desdém e desrespeito para com os representantes classistas e para com a categoria como um todo.
Nós policiais militares e bombeiros militares perguntamos a população sul-mato-grossense: “vocês concordam com esta atitude do governador de desrespeito e de proferir inverdades na mídia em relação a nossos defasados salários?”
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO