O Cabo PM Fábio Krauss e o Soldado PM Heberson, ambos lotados no Batalhão de Trânsito da Polícia Militar de Campo Grande participaram de uma ocorrência, amplamente divulgada na imprensa e nas redes sociais, que resultou no socorro de uma criança de um ano e meio, neste sábado (18).
Policial há 12 anos, não é a primeira vez que o CB Krauss, se envolve em uma ocorrência heroica, em 2013, quando estava de folga, o policial militar, observou que estava havendo um incêndio em uma casa de madeira na Rua-Sizuo Nakazato no Bairro Itamaracá.
No local ficou sabendo que dentro do imóvel, estava preso um ancião, que na época tinha 74 anos, é que ele tinha problemas auditivos, Krauss, não pensou duas vezes, arrombou a porta, e entrou no meio das labaredas de fogo, dentro da casa, e após localizar o idoso, e carrega-lo nas costas, teve que novamente arrombar as portas do fundo, pois a parte da frente da casa, já estava tomada pelas chamas e pela fumaça tóxica e com esta atitude, ele conseguiu, salvar a vida daquele senhor.
Esta ação heroica anterior, esta atualmente aguardando autorização para a concessão de promoção por ato de bravura.
Atitudes, como essas, mostram o grau de comprometimento dos Policiais e dos bombeiros militares, com a sociedade, pois no ingresso das corporações estes homens e mulheres, fazem o compromisso e o juramento de servir e proteger, enfrentar o perigo e salvar vidas, ainda que seja necessário colocar a sua própria em risco ou sacrifica-la, pelo bem do próximo, por isso há necessidade constante de valorização destes profissionais.
Segue matéria Publicada no Midiamax:
Para o cabo do Bptran (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar) de Campo Grande Fábio Krauss, o sentimento de dever cumprido veio com muito mais intensidade na noite deste sábado (18). Policial há 12 anos, ele viu o lado humano falar mais alto que o profissional depois de uma ocorrência não muito convencional no seu dia a dia, o socorro a uma criança, no meio do trabalho de policiamento do trânsito.
Por volta das 23 horas deste sábado, o cabo estava em uma ocorrência de acidente trânsito quando, de repente, viu um veículo Gol se aproximando e buzinando sem parar. Fábio disse que chegou mais perto e viu um casal no interior do carro pedindo ajuda. Quando abriu a porta traseira deparou-se com uma criança de cerca de 1 ano convulsionando no colo da mãe.
A saída foi pedir ajuda os colegas no rádio. “Mudei a canaleta [frequência] tentando achar dos bombeiros, foi quando alguém do outro lado, que até agora não consegui saber quem é, me ajudou com os primeiros socorros. Essa pessoa me orientou a como fazer todos os procedimentos”, destaca.
Longos minutos
Da entrada do Bairro São Conrado, local onde ele foi abordado pelo casal, até a UPA Leblon, para onde a criança estava sendo levada, o trajeto não dura mais de 5 minutos, mas Fábio destaca que para ele foi uma eternidade. Ele conta que viu o caminho ficar mais longo ainda quando em determinado momento a criança perdeu a consciência.
“Teve um momento que senti que estava perdendo ela, foi quando ela apagou. Mas continuei os procedimentos e então ela acordou e chorou. Nessa hora eu senti que tudo tinha dado certo. Cheguei na UPA, coloquei ela na maca e saí”, diz.
O cabo relatou tudo o que aconteceu em sua página pessoal no Facebook e nesta parte ele conta que não conteve as lágrimas. “Firme ficamos até colocá-lo na sala de emergência, quando então, senti a presença de Deus. Nesse momento a farda desapareceu, surgiu o homem Fábio Krauss que chorou tal como aquela criança”, diz no post.
Ele destacou em conversa com a equipe do Jornal Midiamax que é impossível descrever o sentimento nesse momento. “Nenhuma coisa paga isso. Minha recompensa não é o salário que o governo me paga no final do mês. É isso”, diz.
Aos 38 anos de idade, e pai de três filhos, o cabo diz que esta não é a primeira vez que precisa fugir um pouco de suas funções do dia a dia. Há 4 anos ele conta que entrou em uma residência em chamas para resgatar um idoso, de 74 anos. Situações como essas, para ele, são fundamentais para ressaltar o lado humano do policial.
“Isso mostra o que somos atrás da farda. Todo mundo enxerga o policial como um super-homem, mas não é bem assim. Atrás da farda tem um homem que chora, que sofre, que sangra, que tem sentimentos”, ressalta o cabo.
Desespero
Em um momento desses por mais difícil que seja é importante manter a calma e foi isso que o autônomo Erik Lobo, de 22 anos, pai da criança, procurou fazer. “A princípio, quando a gente viu ele naquela situação, o sentimento de pavor tomou conta, mas eu tentei manter a calma. Tentei fazer minha parte de pai de família e controlar minha esposa”, diz Erik.
Sobre o fato de ter pedido ajuda para uma equipe de policiamento do trânsito ele explica que foi uma coincidência encontrá-la, mas foi de extrema importância para salvar a vida do filho. “Por causa do desespero em levar logo ele para atendimento, furei um monte de sinal vermelho e lombada. Se eu fosse visto por uma viatura da polícia fazendo isso seria mal interpretado, foi quando vi o giroflex da viatura e resolvi pedir ajuda”, conta.
Erik destaca que sua intenção era apenas conseguir apoio no trânsito para chegar logo na unidade de saúde, mas o policial fez muito mais. “Ele foi fantástico. Uma pessoa muito sensível que ganhou a nossa admiração”, diz o empresário Acácio Silva Lobo, de 41 anos, avô da criança.
O menino diagnosticado com pneumonia recebeu atendimento médico na UPA da Vila Leblon e às 6 horas deste domingo recebeu alta e vai continuar o tratamento em casa.
Fonte :http://www.midiamax.com.br/cotidiano/dia-pm-virou-socorrista-choro-veio-ainda-viatura-305100